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Camila sempre trabalhou como diretora de cena. Para quem não está familiarizado com o termo, basicamente significa que ela dirige filmes publicitários. Aliás, você já ter visto várias propagandas que ela fez sem saber que era ela ali, por trás das câmeras. Já Fernanda, sempre foi do mundo da escrita. Começou como redatora em agência de publicidade, criando propagandas que você também já deve ter visto e, depois de alguns anos, escolheu outros caminhos. Escreveu um livro, roteirizou um filme para cinema e foi trabalhar com conteúdo.
Um dia Camila ligou para Fernanda e não era para falar sobre trabalho. Era algo muito mais importante. Era sobre a vida que estava passando bem na frente delas sem que elas percebessem. No telefonema, um pouco abalada com a ideia, Camila contou que achava que estava entrando na menopausa porque sua menstruação estava atrasada. Com humor, mas ainda muito mais abalada por perceber que ela própria estava envelhecendo, Fernanda foi logo mandando um “vixi… será que é game over para gente, Camis?!”. Doce engano. Uma semana e quatro exames de farmácia depois, Camila descobriu que, na verdade, ela estava grávida. Sim, nós, mulheres 40+, 50+, 60+, 70+ ou a idade que for estamos vivas e transamos! O mundo que lide com isso.

Mas, voltando ao assunto, foi assim que, no auge de seus 45 anos, Cami e Fê descobriram que não sabiam quase nada sobre as mudanças que acontecem no corpo da mulher depois dos 40 anos e, a partir de então, resolveram ir atrás de informações. Afinal, em menos de 10 anos, elas realmente entrariam na menopausa e sabiam apenas que iriam parar de menstruar e, talvez, ter uns calorões… e isso era muito pouca informação para um período que, provavelmente, iria ser o maior de suas vidas!

Infelizmente, o coração do bebê da Camila parou de bater ainda na barriga, mas desse acontecimento marcante, acabou nascendo uma outra história: SHE_Talks (que em inglês significa “ela fala”).
Porque, sim, apesar de termos sido, historicamente, negligenciadas e consideradas invisíveis porque paramos de ovular e não podemos mais procriar, através de SHE_ t nós queríamos dar voz a essa mulher que continua viva, criando, trabalhando, vibrando, com medos, sonhos e desejos como sempre!
Só que agora, sem derramar sangue.