Gordura? Só as de qualidade
Nem toda gordura é ruim. Inclusive, algumas, são essenciais para nossa saúde.
Você sabia que a membrana que reveste nossas células é constituída basicamente de gordura? Mas há gorduras e gorduras. Por isso, para viver mais e melhor, a primeira coisa é saber mantê-las em equilíbrio. Entre as gorduras poli-insaturadas, o Ômega 6 (fornecido pelos óleos vegetais) anda elevado demais no prato dos brasileiros em relação ao Ômega 3 (fornecido pelos peixes de águas frias e sementes). Isso causa um desbalanço no organismo deixando-o mais suscetível às inflamações. Na verdade, não é necessário trocar um pelo outro, mas, sim, aumentar o consumo do Ômega 3 para restabelecer a harmonia entre eles.
Além de estar associada à prevenção de inúmeras doenças, essa gordura parece evitar o tal encurtamento dos telômeros, nome que vem do grego e significa “parte final”. ****Os telômeros são as extremidades dos cromossomos (como aquelas pontas de plástico dos cadarços do tênis) e são partes do DNA cuja função principal é proteger o material genético que o cromossomo transporta. Na medida em que nossas células se dividem para se multiplicar e para regenerar os tecidos e órgãos do nosso corpo, a longitude dos telômeros vai se reduzindo e, com o passar do tempo, eles vão ficando mais curtos.
Quando finalmente os telômeros ficam tão pequenos que já não são mais capazes de proteger o DNA, as células param de se reproduzir: alcançam um estado de "velhice". Por isso, a longitude dos telômeros é considerada um "biomarcador de envelhecimento chave" no nível molecular, embora não seja o único.
Agora, um tipo que exige parcimônia é a gordura saturada de carnes, lácteos e itens industrializados. Consumidas em excesso, representam maior risco de enfrentar doenças crônicas, especialmente as cardiovasculares. Já a trans, ou parcialmente hidrogenada, não deve ter vez em nosso cardápio: ela sobe o colesterol ruim, faz o bom cair e ainda piora a inflamação do corpo.